Alongamento e Força muscular
- Canal do Personal
- Mar 17, 2016
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ALONGAMENTO X FORÇA: DEVE SER FEITO NA MESMA SESSÃO DE TREINO OU NÃO?
O alongamento é uma manobra terapêutica utilizada para aumentar a mobilidade dos tecidos moles por promover aumento do comprimento das estruturas músculotendineas, podendo ser definido também como técnica utilizada para aumentar a flexibilidade articular, isto é, aumentar a amplitude de um movimento.
Dentre as modalidades de alongamento são conhecidos: alongamento estático, alongamento balístico e alongamento por facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP).
Sabemos que quando se trabalha força em um treinamento com caráter mais hipertrófico, ocorre muito estresse nas fibras musculares, ou seja, muito´ ´rompimentos de fibras´´ que posteriormente com uma boa dieta e descanso proporcionará a tão esperada hipertrofia muscular.
E quando se realiza um´´ treino de alongamento´´ também ocorre um grande rompimento de fibras musculares (Uma sessão de treino, não alongamento de alguns segundos antes de jogar aquele futebol de final de semana ou puxar ferro na academia).
Segundo Dantas, o trabalho de ´´flexionamento´´ exige grandes amplitudes de movimentos, superiores aos de alongamento, o que gera um razoável risco de distensão muscular.
Agora imagine uma sessão de alongamento que dura em torno de 40 minutos e gera muitos danos muscular e articular, em seguida é realizado um treino de força que também gera estresse muscular e articular, com certeza o risco de lesão poderá aumentar, isso é fato!
Além disso, estudos mostram declínio na força muscular quando se alonga antes do treino de força!
Vários autores têm especulado que esta diminuição induzida pelo alongamento é causada pela diminuição de rigidez musculotendínea, o que reduz a capacidade do músculo quanto à eficácia na produção de força.
Os autores Fowles e colaboradores relatam que o alongamento intenso e prolongado dos flexores plantares reduz a força voluntária máxima por até mais de uma hora após o alongamento.
Fowles e Sale verificaram que o torque isométrico máximo de flexão plantar sobre a articulação do tornozelo foi reduzido em 28% imediatamente após os flexores plantares terem sido passivamente alongados
A equipe de Marek, em estudo para verificar os efeitos em curto prazo do alongamento estático e da facilitação neuromuscular proprioceptiva na força muscular e na atividade elétrica do músculo, observaram que houve diminuição de 2,8% no pico de torque e de 3,2% da atividade elétrica em consequência do alongamento estático e facilitação neuromuscular proprioceptiva.
Ambos provocaram a diminuição da força e da potência muscular.
Arruda e seus colaboradores concluíram que exercícios de alongamento estáticos, executados antes do teste de 10RM na máquina de supino reto, provocam queda no número de repetições máximas.
Devido a essa diminuição, sugere-se que este tipo de alongamento seja dispensado quando, posteriormente, a atividade envolvida requerer produção de força.
Para tanto, quando se realizam exercícios de alongamento para ganho de flexibilidade antes do treino, é observada a perda de força ou aumento da possibilidade de lesões durante o levantamento máximo de peso.
OBS: (O vídeo é só para ilustrar, não é recomendado que se faça isso)
Procure sempre profissionais competentes para te orientar e Bom Treino!
Lembrando sempre que a boa orientação faz a diferença!
Referências:
Arruda FLB, Faria LB, Silva V, Senna GW, Simão R, Novaes J, et al. A Influência do Alongamento no Rendimento do Treinamento de Força. Revista Treinamento Desportivo 2006;7:1-5.
Fowles JR, Sale DG, Macdougall JD. Reduced strength after passive stretch of the human plantar flexors. J Appl Physiol 2000;89:1179-88.
Fowles JR, Sale DG. Time course of strength deficit after maximal passive stretch in humans. Med Sci Sports Exerc 1997;29:S26.
Marek SM, Cramer JT, Fincher AL, Massey LL, Dangelmaier SM, Purkayastha S, et al. Acute Effects of Static and Proprioceptive Neuromuscular Facilitation Stretching on Mucle Strength and Power Output. Journal of Athletic Training 2005;40:94-103.
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