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Hipertrofia e o aumento dos Hormônios Anabólicos

  • Canal do Personal
  • May 3, 2017
  • 3 min read

A musculação estimula a secreção de hormônios anabólicos, como a testosterona, GH e IGF-1, e também o hormônio catabólico cortisol, sendo que quanto maior a intensidade do treinamento, maior a secreção desses hormônios. O aumento do cortisol tende a acompanhar a elevação dos hormônios anabólicos no treinamento resistido.

Portanto quanto maior a intensidade do treino, também maior capacidade do treino para gerar microlesões no músculo, e essas microlesões estimulam a incorporação das células satélites (estruturas com alta densidade de material genético, localizadas no espaço externo das fibras musculares), que sofrem proliferação e são ativadas pelos hormônios anabólicos, como testosterona, IGF-1 e MGF (fator de crescimento mecânico). Por sua vez, essas células se fundem entre elas mesmas ou com as fibras já existentes, gerando o surgimento de novas células ou novos núcleos respectivamente, sendo esse o processo de regeneração e hipertrofia muscular.


Contudo, a miostatina é um fator negativo para a hipertrofia muscular, porque sua ativação provoca repressão nas células satélites e na regeneração muscular. Entretanto, quanto maior o estímulo do exercício, por mais tempo as concentrações de miostatina permanecem menores.


Os hormônios anabólicos, ativam a síntese de proteínas em duas fases: síntese e processamento de RNA (Transcrição, que ocorre no núcleo da célula pelo aumento da expressão dos genes) e síntese, processamento e regulação protéicos (Tradução, que ocorre no citoplasma). O principal hormônio envolvido no processo de transcrição da sínteses de proteínas é a testosterona, enquanto o IGF-1 (principalmente o produzido localmente pela contração muscular) e a insulina são importantes hormônios envolvidos na ativação de vias de sinalização intracelular que iniciam a síntese de proteínas, que começa pela ativação da enzima PI3K, que por sua vez levará a ativação de Akt (proteína quinase B) e mTOR, que por sua vez são responsáveis pela ativação de uma cascata com vários outros reguladores-chave da síntese proteica.


Da mesma maneira como a sinalização celular ativa determinadas vias, também pode inibi-las, sendo que este balanço entre produção e degradação de proteínas é o que levará uma configuração adequada de acordo com as necessidades nova da fibra. Sendo assim, a hipertrofia acontecerá quando houver predomínio da via de síntese em relação à via de degradação de proteínas.


O aminoácido leucina (o mais importante aminoácido do BCAA) promove a ativação da mTOR, aumentando a fosforilação de proteínas envolvidas na regulação da síntese proteica, como p70S6k (proteína quinase ribossomal S6) e a 4E-BP1, proteínas responsáveis por regular o tamanho da célula e a síntese de proteínas. Já a insulina e a leucina atuam em sinergia, com a leucina estimulando um rápido aumento na concentração de insulina, e a insulina por sua vez exerce um efeito permissivo sobre a síntese proteica na presença de aminoácidos.


O aeróbio está relacionado com a diminuição da síntese proteica e a consequente inibição da sinalização de mTOR no fígado, o que ocorre por meio de estimulação de alguns hormônios durante o treino; a insulina plasmática parece estar diminuída, enquanto os glicocorticoides (cortisol) apresentam concentrações mais elevadas.


É por esse motivo que a intensidade do treinamento, a escolha do tipo de treinamento (treinamento resistido ou aeróbico), as concentrações de hormônios anabólicos e a dieta desempenham um papel fundamental na eficiência do treino e nos resultados. Por isso o planejamento elaborado pelo Professor de Educação Física é de suma importância, lembrando que a boa orientação faz a diferença!

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