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Aeróbico em jejum funciona?

  • Canal do Personal
  • Nov 14, 2015
  • 3 min read

aeróbico em jejum

Hoje em dia se fala muito em aerobico em jejum (aej) e exercícios em jejum, havendo uma busca incessante pelo emagrecimento, e nessa busca aparecem treinos milagrosos, dietas da moda, projetos de verão, e por ai vai! O caminho mais fácil é tentador mas nem sempre é o melhor ou o mais saudável. Uma dessas estratégias é o famoso aeróbio em jejum (AEJ), muita gente adota essa estratégia e diz ter resultados expressivos baseados na vivência prática. Hoje em dia a literatura ciêntifica não mostra benefícios do aeróbio em jejum quando comparado com o aeróbio pós prandial ou seja após alguma refeição.


Os praticantes sugerem a realização dessa atividade pela manhã depois de acordar, supondo que aproveitariam as baixas reservas de glicogênio após uma noite de sono. Com os estoques de glicogênio depletados pelo jejum noturno, nosso corpo priorizaria a oxidação de gorduras no fornecimento de energia para essa atividade.

Porém estudos mostram, que se alimentar antes do exercício físico há uma elevação do metabolismo. Pois, o exercício amplia o efeito térmico do alimento, conhecido como termogênese induzida pela dieta que é a energia necessária para digerir, absorver e assimilar os nutrientes.


A equipe de Paoli (2011) analisou a diferença no metabolismo das gorduras durante um exercício aeróbio moderado (36min/65%FC) na esteira no período da manhã em duas situações: Na primeira situação foram pesquisados indivíduos alimentados e na outra situação indivíduos em Jejum (inanição total).


Foi visto que depois de 12 horas após o exercício, o grupo que estava alimentado continuava com o VO2máx elevado, enquanto o quociente respiratório reduziu significativamente, dando indícios de maior utilização de gorduras na situação alimentado, mas esses resultados não foram encontrados quando os exercícios eram realizados em jejum. Ainda foi visto nesse estudo que até 24hs após o exercício a diferença ainda era significativa, com maior gasto energético e de gordura para quem se alimentou antes do exercício.

Em um outro estudo o jejum também não se mostrou superior mesmo após seis semanas de treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) em mulheres obesas ou com sobrepeso. Isso mostra que, não é o estado de jejum que favorece a oxidação de gorduras, mas é a intensidade do exercício que causa grande impacto na oxidação de gordura. (Gillen et al 2013).


Sem falar que, quando se faz o aeróbio em jejum pode ocorrer tonturas, visão turva, dores de cabeça, levar há um quadro de hipoglicemia e proteólise excessiva, ou seja perda de massa muscular, isso com certeza vai diminuir o peso na balança e o indivíduo vai pensar estar perdendo gordura e de fato está, porém com muita perda de proteína também.

Algumas questões que tem que ser observadas e pensadas:

1-Pessoas hormonizadas que faz aeróbio em jejum, depois disso descansa e se alimenta, faz o treinamento de força depois de horas, isso parece ser interessante, pois, ele estará gastando energia durante o AEJ e preservando a massa muscular por conta dos fármacos (hormônios), e depois tem os benefícios do treinamento de força, como por exemplo aumento do metabolismo de repouso. Porém não podemos afirmar que essa situação é saudável. Talvez para um fisiculturista isso seria viável sim!

2- O AEJ gasta mais calorias durante o exercício, porém o metabolismo de repouso sofre um baixo impacto no pós exercício, e a oxidação de gordura é bem menor do que um exercício intenso.

3- Já quando se faz o exercício alimentado há maior disponibilidade de nutrientes para que esse exercício seja executado de forma mais intensa, com isso, poderá ter um menor gasto calórico durante o exercício por ser intenso e mais curto, porém o metabolismo de repouso fica ativo por 24 até 48 horas pós exercício, para reestabelecer as funções fisiológicas normais, sendo assim, gasta muita energia e “queima” muita gordura nesse processo.

Lembrando sempre que a boa orientação faz a diferença!

Fonte: Gillen JB1, Percival ME, Ludzki A, Tarnopolsky MA, Gibala MJ (2013). Interval training in the fed or fasted state improves body composition and muscle oxidative capacity in overweight women. Obesity (Silver Spring). 21(11):2249-55

Paoli A, Marcolin G, Zonin F, Neri M, Sivieri A, Pacelli QF (2011). Exercising fasting or fed to enhance fat loss? Influence of food intake on respiratory ratio and excess postexercise oxygen consumption after a bout of endurance training. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 21(1):48-54.


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