Mal de Parkinson e exercícios físicos recomendados
- Canal do Personal
- Jul 14, 2015
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O mal de Parkinson é um distúrbio neurológico basicamente constituído por desordens da motricidade. O diagnóstico é essencialmente clínico, sendo os achados mais comuns os tremores, a rigidez muscular, a bradicinesia (lentidão anormal dos movimentos voluntários) e a instabilidade postural e da marcha, podendo haver declínio da função intelectual.
Tais déficits contribuem para a perda de independência, quedas e inatividade, com consequente isolamento social e maior risco de osteoporose e doenças cardiovasculares. Ainda que a abordagem medicamentosa seja o tratamento padrão para a doença, a medicação apresenta perda da eficácia com o tempo e está associada ao desenvolvimento de complicações motoras típicas, como discinesias (alteração dos movimentos voluntários e de certos tipos de movimentos involuntários).
A substância negra cerebral sofre degeneração neuronal, devido ao esgotamento dopamínico, levando ao desequilíbrio entre a dopamina e acetilcolina, que são neurotransmissores normalmente presentes no corpo estriado. No início da doença não há necessidade imediata de medicação. Posteriormente, o tratamento busca restabelecer esse equilíbrio, com a administração de levodopa (precursor metabólico imediato da dopamina) ou por meio do bloqueio da acetilcolina (uso de anticolinérgicos).
Tem sido sugerido que os exercícios físicos podem estimular o controle do movimento e retardar a progressão da doença. Algumas pesquisas mostram que a combinação de condicionamento aeróbio e fortalecimento muscular, proporcionam melhoras nas medidas de desempenho funcional e de capacidade física de indivíduos em fase leve a moderada de evolução da doença de parkinson.
Estudos demonstram ganhos na velocidade da marcha, na habilidade em usar escadas, no nível de atividade física e nos sintomas clínicos apresentados na doença. A melhora da mobilidade, da capacidade física e o aumento da socialização entre indivíduos com o mal de Parkinson, justificam o uso de programas específicos de atividade física como estratégia de reabilitação nessa população. Lembrando sempre que a boa orientação faz a diferença.
FONTE: Fisioter Mov. 2011 jul/set;24(3):379-88
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