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Discopatia da coluna lombar

  • Canal do Personal
  • Mar 3, 2016
  • 3 min read

Por ser na maioria das vezes de etiologia multifatorial (diversas causas), a busca de uma única causa, ou mesmo, da principal causa de dores na coluna torna-se uma tarefa extremamente difícil.

discopatia da coluna lombar


Discopatia é um processo natural do envelhecimento. Nesse processo de envelhecimento ocorre uma desidratação do disco intervertebral , ocorrendo uma diminuição da boa funcionalidade dos discos.


Muitas doenças da coluna são resultantes ou consequências da discopatia, como a protrusão discal, hérnia discal, estreitamento ou estenose do canal vertebral lombar, a estenose do canal cervical, artrose interapofisária, os complexos discos-osteofitários (bico de papagaio), todas essas doenças correspondem a consequência da discopatia.


A lesão discal, normalmente, quando não resultada de um trauma grave, não ocorre durante um esforço agudo do tronco.


Ela ocorre durante a vida inteira, por pequenas lesões sobre o disco intervertebral. A lesão comumente se inicia na Cartilagem articular, que na verdade é por onde passa a grande parte da nutrição do Disco Intervertebral.


Após estas pequenas lesões na cartilagem articular a nutrição discal fica reduzida.

Essa redução causa diminuição de diversas células importantes ao disco, inclusive as células responsáveis pela absorção de água.


Diminuindo a hidratação, o disco fica menos maleável, e seu tamanho diminui progressivamente. Como temos lesões da cartilagem ,e ainda o disco desidratado, fica mais fácil o processo de extrusão do Núcleo Pulposo.


E pessoas com Discopatia podem fazer Exercícios Físicos?


De acordo com Cecin et al. (2001), Cailliet (2001) e Natour (2004) a prática de exercícios físicos aeróbios, exercícios de alongamento e os de fortalecimento muscular são comprovadamente eficazes como forma terapêutica e de reabilitação física e funcional da coluna vertebral.


Na coluna lombar o trabalho muscular isométrico deve sempre ser complementado com um programa de fortalecimento isotônico, enfatizando paravertebrais e abdominais (BARROS FILHO, 1995; BASILE JÚNIOR, 1995).


Os músculos extensores do quadril desempenham um importante papel em auxiliar indiretamente os músculos eretores espinhais na estabilização da coluna lombar e na prevenção de dor nesse segmento vertebral (GONÇALES e BARBOSA, 2005).

De acordo com Santos (2006); GREVE e AMATUZZI (1999), os exercícios de fortalecimento de tronco, membros superiores e inferiores são fundamentais para dar suporte ao corpo e aumento da resistência à fadiga, com o objetivo de minimizar as sobrecargas na coluna vertebral.


Os exercícios resistidos são seguros desde que bem orientados, pois a posição corporal, as cargas e as amplitudes podem ser adequadamente adaptadas em função de qualquer limitação (SANTARÉM, 2006).

DICAS


1- Faça sempre o acompanhamento com o seu médico


2- Não pare de praticar exercícios físicos pois, quando existe uma condição crônica afetando a estrutura músculo-esquelética, a falta de exercícios pode piorá-la.


3- Os exercícios ou posições corporais que provoquem dor devem ser evitados ou substituídos por outros, realizando as atividades propostas progressivamente, respeitando sempre o limite da dor e a evolução de cada indivíduo.


4- Os exercícios de flexão lombar geram uma elevada compressão mecânica nas estruturas da coluna principalmente nos discos intervertebrais. ( Avaliar cada caso, e ver se é viável ou não aplicar )


5- Procure um bom profissional de Educação Física e BONS TREINOS!

Lembrando que a boa orientação faz a diferença!


REFERÊNCIAS:

BARROS FILHO, T.E.F.de.; BASILE JÚNIOR, R. Coluna vertebral: diagnóstico e tratamento das principais patologias. São Paulo: Sarvier, 1995.

CAILLIET, R. Dor cervical e no braço. 3ª ed. Porto Alegre: Manole, 2003.

CECIN, H.A. et al. Projeto diretrizes: Diagnóstico e tratamento das lombalgias e lombociatalgias. Associação Médica e Conselho Federal de Medicina, 2001.

GREVE, J.M.D.A; AMATUZZI, M.M. Medicina de reabilitação aplicada à ortopedia e traumatologia. São Paulo: Roca, 1999.

GONÇALVES, M.; BARBOSA, F.S.S. Análise dos parâmetros de força e resistência dos músculos eretores da espinha lombar durante a realização de exercício isométrico em diferentes níveis de esforço. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v. 11, n. 2, março/abril, 2005.

NATOUR, J. Coluna vertebral. 2ª ed. São Paulo: Etcetera, 2000.

SANTARÉM, J.M. Atualização em exercícios resistidos: ativação das fibras musculares. Fisiculturismo. Treinamento resistido nas doenças e no envelhecimento. Fitnessbrasil. 2006.

SANTOS, M. Hérnia de disco: uma revisão clínica, fisiológica e preventiva. Revista Digital, Buenos Aires, a. 9, nº 65, out. 2003.

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