Síndrome do Impacto do Ombro

Canal do Personal
Feb 14, 2016
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A síndrome do impacto do ombro (SIO) é um dos acometimentos mais frequentes dos membros superiores, principalmente em praticantes de modalidades como voleibol, handebol, tênis, e praticantes de musculação, sendo considerada uma das principais causas de dor no ombro, podendo levar à diminuição da função dessa articulação e redução da qualidade de vida.

O manguito rotador é formado por quatro músculos: o supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular. Esses músculos desempenham um papel fundamental nos movimentos do ombro e da cintura escapular. Por isso, devem possuir não apenas força, mas também resistência muscular significativa para funcionar apropriadamente.

As lesões degenerativas e traumáticas que afetam o manguito rotador estão entre as mais freqüentes causas de dor no ombro, merecendo uma atenção cada vez maior no diagnóstico e tratamento.

O manguito rotador funciona na verdade como uma convergência de tendões, semelhante a um capuz ao redor da cabeça do úmero. Os tendões dos quatro músculos se unem a cápsula articular ao redor da articulação glenoumeral. O manguito tem uma importante função de estabilizar dinamicamente e equilibrar a cabeça do úmero em relação a glenoide, já o grupo muscular axial (deltoide, peitoral maior, etc) agem para mover o úmero.

Se por um acaso houver a ruptura do manguito rotador, poderá ocorrer facilmente uma perda da função do ombro em variados graus.

Um estudo de Guimarães tratou conservadoramente 171 casos de síndrome do impacto do ombro e de lesão do manguito rotador com exercícios e termoterapia obtendo resultados satisfatórios em 42.9% dos pacientes em 1 ano e 21.5% após 2 anos. O objetivo desse estudo foi o de avaliar os resultados clínicos e funcionais após um programa de exercícios supervisionados em um grupo de pacientes.

(Obs: É fato que o exercício físico melhora, o interessante nesse caso é aplicar os exercícios como prevenção, fortalecendo o manguito e evitando lesões)

Carvalho et al (2015) avaliaram 720 atletas, 83 (11,5%) foram diagnosticados com lesão parcial do manguito rotador. O diagnóstico da lesão do manguito rotador foi confirmado por ultrassonografia em 74% dos casos e por meio de ressonância magnética em 87% dos casos.

O mecanismo de lesão relacionado ao esporte teve origem traumática em 35,3% dos atletas estudados e em 64,7% estava associado a movimentos repetitivos.

Os autores também encontraram uma incidência de 67,6% de lesões intra-articulares. Dessas lesões , 66% eram em atletas arremessadores. Já as lesões das bursas tiveram uma incidência de 32,4% e 75% dessas ocorreram nos atletas que praticavam musculação.

(Obs: Os arremessadores nesse estudo eram atletas de voleibol, handebol e tênis. Já na musculação consideraram fisiculturistas, basistas, musculação recreacional e competitiva.

Pessoal, vamos nos atentar a esse músculo tão importante que é o manguito rotador. Procure um bom profissional de Educação Física para te orientar em exercícios que ´´possam deixar o seu manguito rotador forte e seguro, para desenvolver algum esporte ou musculação e para ´´auxiliar na prevenção de possíveis lesões´´.

Lembrando sempre que a boa orientação faz a diferença!

Referências:

Guimarães M V. Avaliação do tratamento conservador do pinçamento subacromial e das lesões do manguito Rotador. Rev Bras Ortop, 30:09, 645-648, 1995.

Carvalho C D, Cohen C, Belangero P S, Figueiredo E A, Monteiro G C, Alberto de Castro Pochini A C, Andreoli C V, Ejnisman B. Lesão parcial do manguito rotador no atleta –bursal ou articular? Rev Bras Ortop.2015;50(4):416–421.

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